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Leite é inflamatório ao organismo?

Por: Portal Serra e Litoral

Crédito: Freepik

Ideia se propaga na Internet, mas nutricionista derruba o mito e explica os benefícios

Alvo de controvérsia no campo da saúde e da nutrição, a ideia de que o leite seria inflamatório tem se propagado, especialmente nas redes sociais.

Entre as alegações está a de que o consumo de leite agride o sistema imunológico e causa inflamação no corpo.

A nutricionista Marcella Tamiozzo contesta e afirma que o consumo do leite é benéfico à saúde em todas as fases da vida – da infância à terceira idade e, para pessoas saudáveis, a bebida é nutritiva e pode contribuir para a saúde e o bom funcionamento do corpo.

“Não existem evidências comprovadas de que o leite cause inflamação no organismo. A crença de que o leite causa inflamação é amplamente difundida, mas estudos de revisão global recentes demonstram efeitos neutros ou até protetores sobre marcadores inflamatórios e doenças cardiovasculares. Mesmo pesquisas isoladas que sugerem alguma associação com inflamação apresentam amostragens limitadas e não se sustentam quando as evidências são analisadas em conjunto”, ressalta a profissional.

Ainda sobre a ideia de que o leite seria um “vilão”, a nutricionista revela que diretrizes internacionais, como o MyPlate e o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), recomendam o consumo diário de cerca de 3 copos (720 ml) de laticínios para adolescentes e adultos.

 

Consumo ideal e os benefícios

A dose ideal de ingestão do leite, segundo a professora do curso de Nutrição da Estácio, é de entre 2 a 3 copos por dia, ajustando conforme a necessidade energética, o estado de saúde e a dieta de cada indivíduo.

Esse consumo moderado complementa nutrientes essenciais e não causa inflamação em pessoas sem alergia, segundo Marcella.

“Na infância e adolescência, o leite fornece cálcio, proteínas e vitamina D, essenciais para a formação da massa óssea. Para adultos e idosos, consumir cerca de 1.000 mg/dia de cálcio, com vitamina D, ajuda a manter a densidade óssea e prevenir fraturas. Estudos associam o consumo de laticínios à redução do risco de osteoporose e de quedas em idosos”, destaca a profissional.

Além de atuar na saúde óssea, o leite contribui para a prevenção de deficiências nutricionais. “Os laticínios são fontes de cálcio, fósforo, magnésio, potássio, vitaminas A e B12, riboflavina e zinco — nutrientes que beneficiam a estrutura óssea, funções neuromusculares, imunidade e equilíbrio eletrolítico”, explica a nutricionista, que ressalta ainda que a combinação de proteínas de alta qualidade com esses minerais favorece o ganho de massa magra, especialmente quando aliada à prática de atividade física.

 

Desnatado, semidesnatado ou integral: Como escolher?

A nutricionista Marcella explica as diferenças entre os três principais tipos de leite disponíveis no mercado e dá explica como escolher. “Para a maioria das pessoas, o leite desnatado ou semidesnatado é suficiente. Já o integral oferece benefícios funcionais, mas com maior teor calórico.

A escolha deve considerar o estado de saúde, as necessidades calóricas e as preferências individuais”, afirma a professora da Estácio.

 

Confira os tipos e suas indicações:

· Desnatado: possui 0% de gordura, com menos calorias e gordura saturada. É indicado para quem precisa controlar o peso ou possui doenças cardiometabólicas.

· Semidesnatado: contém de 1% a 2% de gordura, sendo um equilíbrio entre sabor e valor nutricional. É ideal para dietas equilibradas.

· Integral: acima de 3,25% de gordura. Proporciona maior saciedade e é recomendado para quem não tem restrições de gordura e deseja controlar o apetite.

 

Alternativas para intolerantes à lactose

No caso de pessoas com intolerância à lactose, Marcella afirma que em muitos casos, é possível consumir o leite em pequenas porções de forma segura. “Até 12 g de lactose (equivalente a um copo de leite) podem ser toleradas quando consumidas junto a alimentos ou fracionadas ao longo do dia.

Além disso, produtos fermentados como iogurte, kefir e queijos duros (cheddar, parmesão, suíço) têm menor teor de lactose e são bem tolerados”.

Nestes casos, a nutricionista também recomenda as versões sem lactose, que são enriquecidas com os mesmos nutrientes do leite convencional. “Esses produtos são eficazes, palatáveis e seguros. Também é possível recorrer a suplementos de lactase e ao consumo gradual de leite durante as refeições, o que facilita a digestão”, conclui a professora de Nutrição da Estácio.

 

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