Cantora enfrentava câncer colorretal e deixa um legado de coragem, representatividade e amor próprio.
A cantora, compositora e empresária Preta Gil morreu neste domingo, 20, aos 50 anos, enquanto realizava tratamento contra o câncer em Nova York. A informação foi confirmada por sua assessoria, que informou que a família deve se pronunciar oficialmente nos próximos dias. Diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023, a artista chegou a entrar em remissão, mas a doença retornou no ano seguinte, com metástases em diferentes regiões do corpo.
Filha de Gilberto Gil, Preta nasceu em uma das famílias mais influentes da música brasileira e construiu sua própria trajetória ao unir arte, ativismo e autenticidade. Com voz forte dentro e fora dos palcos, ela defendeu causas como o combate ao racismo, à gordofobia e à homofobia, além de levantar bandeiras em favor dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+. Ela deixa um filho, Francisco, de 28 anos, e uma neta, Sol de Maria, de 7.
Durante o tratamento, Preta manteve seus seguidores por perto, compartilhando cada etapa da luta com sinceridade e coragem. Falou abertamente sobre cirurgias complexas, como a de retirada do reto e do útero, enfrentou um choque séptico e até o fim de um casamento, provocado por uma traição, sem perder a humanidade. Em 2024, ao lado da família, buscou tratamentos experimentais nos Estados Unidos, mas mesmo diante da piora, não perdeu a esperança, nem o carinho do público que a acompanhou até o fim.
Nos últimos anos, Preta usou sua voz para lutar pelo que acreditava, não só com suas músicas, mas pelas redes sociais, entrevistas, shows.
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