Os altos volumes de chuva previstos para este final de semana acentuam o risco geológico em algumas áreas do Estado.
Os altos volumes de chuva previstos para este final de semana acentuam o risco geológico em algumas áreas do Rio Grande do Sul.
Movimentos de massa, como deslizamentos de solo e rochas e quedas de blocos de rochas, são mais suscetíveis de ocorrer quando o solo está encharcado.
Conforme o Centro de Monitoramento da Defesa Civil Estadual, com a previsão atualizada até domingo (29), a área de grande perigo meteorológico se expandiu mais ao norte do Estado, onde se acentuam os acumulados pluviométricos e se agravam as condições propícias para as ocorrências de eventos geológicos.
A faixa para os eventos relacionados a movimentos de massa se intensifica em áreas de encosta, de forma geral, e, especialmente, nas regiões intermediárias de Caxias do Sul, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul-Lajeado (porção norte), com destaque para as regiões Serrana e dos vales do Sinos e do Taquari.
Municípios com maior probabilidade de movimentos de massa, na classificação de Risco Alto a Muito Alto do Serviço Geológico do Brasil (SGB):
- Arroio do Meio
- Barros Cassal
- Bento Gonçalves
- Carazinho
- Carlos Barbosa
- Caxias do Sul
- Encantado
- Ernestina
- Espumoso
- Garibaldi
- Gramado
- Ibirubá
- Igrejinha
- Lajeado
- Marau
- Marques de Souza
- Muçum
- Nova Petrópolis
- Nova Prata
- Novo Hamburgo
- Passo Fundo
- Progresso
- São Francisco de Paula
- São Marcos
- Soledade
- Tio Hugo
- Três Coroas
- Vacaria
Neste cenário, há possibilidade de ocorrências pontuais de deslizamentos, especialmente em encostas urbanas e nas localidades com cicatrizes de deslizamentos recentes, além de eventuais “quedas de barreira” à margem de estradas e rodovias.
Fique atento aos sinais
- rachaduras no solo e paredes;
- inclinação de árvores e muros;
- lama e água que escorrem pelas encostas e cortes de rochas;
- barulhos ou vibrações que venham do piso, telhado e paredes.
A Defesa Civil enfatiza que o monitoramento desses sinais indicativos deve ser intensificado nas encostas de morros, construções nas proximidades dessas encostas, áreas de mineração e nos taludes dos cortes de estradas.
Caso sejam identificados os sinais, o local deve ser evacuado e é preciso acionar a Defesa Civil da cidade ou as forças de resposta: Brigada Militar (190) e Corpo de Bombeiros Militar (193).
O órgão orieta que o retorno ao local só pode ser feito após liberação dos órgãos competentes.
Conforme a Defesa Civil, esse prognóstico leva em consideração as últimas atualizações para riscos geo-hidrológicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), os registros existentes nos modelos geológicos, as cicatrizes de movimentos de massa de eventos anteriores e o cenário meteorológico mais crítico divulgado.
Correio do Povo