Durante o dia o navio da Marinha foi aberto à visitação pública.
A presença do navio Cisne Branco da Marinha, no Porto, em Rio Grande chamou a atenção dos moradores que desde que a visitação pública foi aberta já movimentavam o local.
Nem o dia nublado e a temperatura baixa fez com que as pessoas deixassem de visitar a embarcação. Débora Castelo Branco foi até a embarcação com o irmão Leonardo, a filha Ana e o sobrinho Pedro, de 4 anos.
Os dois são filhos de um militar reformado da Marinha e quiseram mostrar o navio para as crianças. Ela conta que o pai, que hoje mora em Camboriú (SC) serviu no 5º Distrito Naval, em Rio Grande. “A gente sempre viveu a Marinha e o Cisne Branco, inclusive sabemos a música, o navio veleiro, então para nós é muito prazeroso vir aqui. É a primeira vez que estamos trazendo nossos filhos para que também tenham este convívio”, disse ela.
Conforme o oficial da Marinha e encarregado da segunda divisão do Cisne Branco Willian Ferro de Oliveira Melo, a importância da embarcação está em projetar o Brasil no Exterior. “Além de representar o país nos eventos, o navio é convidado a participar e promover a mentalidade marítima nas pessoas. Ele também contribui para a formação dos militares da Marinha”, comenta. Ele conta que a embarcação esteve em Itajaí, antes de chegar à Rio Grande, onde nove alunos da Escola de Formação da Marinha puderam acompanhar as atividades da embarcação.
A visita a Rio Grande é para comemorar o aniversário da Marinha celebrado na última quarta-feira. Após a visitação, a previsão é que a embarcação retorne ao Rio de Janeiro. “Esta não é a primeira nem será a última vez do Cisne Branco em Rio Grande, mas ainda não há uma data, mas certamente deveremos voltar”, pondera.
O Cisne Branco foi incorporado à Marinha em 9 de março de 2000, tendo sido construído para celebrar os 500 anos de descobrimento do Brasil. “Nesta data ele saiu de Lisboa para fazer o mesmo percurso de Pedro Álvares Cabral, chegando ao país em 22 de abril”, confirma.
O navio tem 76 metros de comprimento, com três mastros, o maior tem 46 metros de altura, o que equivale a um prédio de 15 andares. O navio tem 4,8 metros de caldo. “Chamamos ele de embaixada flutuante, pois somos convidados para diversos eventos, competimos em algumas regatas com veleiros de grande porte, como o nosso. A embarcação está sempre sendo convidada para diversos eventos, então recebemos pessoas de diversos países, então no Exterior o navio também representa o Brasil”, conclui.
Correio do Povo