O câncer de pele não melanoma representa 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, por isso é o mais incidente entre a população, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Seu principal fator de risco é a exposição aos raios ultravioletas do sol sem proteção, tornando essencial a prevenção por meio de medidas simples, como o uso de barreiras físicas (roupas e chapéus) e de filtro solar.
“Deve-se aplicar uma camada generosa de protetor solar 30 minutos antes da exposição ao sol, espalhando de maneira uniforme, e reaplicá-lo a cada duas horas, ou em um intervalo de tempo menor após nadar ou transpirar, conforme a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Escolha produtos com proteção contra os raios UVA e UVB, que têm amplo espectro”, destaca Alexandra Flávia Gazzoni, docente do curso de Biomedicina da Estácio.
A biomédica observa que o protetor solar deve ser aplicado em áreas frequentemente negligenciadas, como orelhas, pés, pescoço e dorso das mãos. Em relação ao índice de proteção (FPS) mais adequado, Gazzoni sugere o mínimo de 30 para uso diário e PPD (do inglês, Persistent Pigment Dark, responsável por proteger contra os raios UVB) acima de 13.
“Já para a prática de atividades ao ar livre ou sob sol intenso, o ideal é um FPS 50 e PPD 20. Embora tenha maior quantidade de melanina, a pele negra também precisa de proteção, então a indicação é um FPS 15 e PPD 13 para o dia a dia; e FPS 30 e PPD 16, se for exposto ao sol intenso”, informa.
A professora de Biomedicina da Estácio alerta para o uso do produto dentro do prazo da validade. “Vencida a data de validade, o filtro solar perde sua capacidade de proteção contra os raios UV, podendo causar uma série de danos, entre eles, queimaduras, envelhecimento precoce da pele e reações alérgicas. Além disso, ao notar alterações na textura, cor ou odor substitua por um produto novo”, orienta.
Atualmente, existem inúmeras opções de fotoprotetores para diferentes tipos e tons de pele, ocasiões e necessidades. Uma delas é a versão com cor, “que oferece uma cobertura adicional de proteção contra a luz visível – presente em lâmpadas, smartphones, tablets e outros equipamentos eletrônicos –, e ajuda ainda a uniformizar o tom da pele”, explica Alexandra Flávia Gazzoni.
Em relação às texturas, o consumidor pode escolher entre opções em creme, loção, aerosol e spray. “Os protetores em aerosol e spray costumam ser mais convenientes, alcançam áreas mais difíceis e secam rapidamente, mas é importante usá-los corretamente para garantir uma cobertura suficiente, assim como as espumas e mousses, de textura leve e fácil de espalhar”, frisa.