Situação ocorre entre as guaritas 149 e 150, devido a uma corrente de retorno.
A faixa de areia entre as guaritas 149 e 150, na praia de Tramandaí, chama a atenção dos banhistas por conta da presença de uma bandeira preta, sinalizando uma área de risco, desde o início desta semana. Mesmo com a bandeira amarela indicando condições de banho moderadas em grande parte da orla, o trecho específico foi identificado pelos guarda-vidas como perigoso devido à presença de correntes de retorno próximas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), a bandeira preta serve para alertar os banhistas sobre riscos elevados em pontos específicos da praia, independentemente da condição geral do mar. “A praia pode estar com bandeira verde, mas se houver um local de risco, como uma corrente de retorno, a bandeira preta será posicionada”, explicou um militar do centro de operações.
Áreas com bandeiras pretas são comuns em plataformas e barras, onde esses riscos são permanentes. No entanto, em praias, a sinalização é variável e depende das condições climáticas, como vento e maré. Nesta quarta, começou a acontecer uma mudança do vento de sul para nordeste, o que aumenta a formação de buracos e correntes e deve exigir maior atenção dos guarda-vidas em todas as praias.
Conforme o CBMRS, a operação deste ano tem registrado um número menor de intervenções em comparação ao mesmo período do ano passado, devido às condições mais favoráveis do mar.
Bandeira azul é solução para pessoas perdidas
Outro ponto que tem se destacado nesta temporada é o número de pessoas encontradas na praia. Desde o início da Operação Verão Total, 750 pessoas foram identificadas como perdidas, a maioria crianças. O número já se aproxima do total registrado no ano passado, que ficou na casa dos 800 casos em toda a temporada.
Quando alguém é encontrado, uma bandeira azul é hasteada na guarita para informar que há uma pessoa perdida no local. O procedimento é simples: ao perceber a ausência de alguém, o responsável deve procurar qualquer guarita. As informações são compartilhadas em grupos de comunicação entre os guarda-vidas, permitindo uma rápida localização.
Para os veranistas, a orientação do CBMRS é clara: ao encontrar uma criança ou pessoa perdida, o mais seguro é encaminhá-la diretamente aos guarda-vidas. No entanto, o hábito de erguer crianças no ar e bater palmas para sinalizar que estão perdidas ainda persiste entre os banhistas, o que pode atrasar o processo de reencontro.
Correio do Povo