O governo do Rio Grande do Sul, por meio do CEEVSCA/RS (Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes), aderiu à Campanha Nacional de Proteção a Crianças e Adolescentes no Carnaval, criada pelo Faça Bonito – ação nacional.
O movimento fortalece medidas para o enfrentamento à violência sexual, com ênfase na exploração sexual de crianças e adolescentes, e o combate ao Trabalho infantil.
De acordo com registros do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), a cada hora uma criança sofre algum tipo de violência e a cada quatro horas sofre alguma violência sexual. Foram registrados 11.906 casos entre os anos de 2018 e 2022.
Além disso, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2023, apenas 4,2% dos casos de estupro no Brasil são registrados nos sistemas de informações de saúde.
Esse cenário motiva o CEEVSCA/RS a aderir a iniciativa. “Nos chamados megaeventos, como o carnaval, o Planeta Atlântida e o período de veraneio, é necessário redobrar a proteção a crianças, adolescentes e jovens, para evitar diversos tipos de violência, principalmente aqueles relacionadas ao abuso e à exploração sexual, ao desaparecimento, ao trabalho infantil e ao acesso a álcool e outras drogas”, ressalta a coordenadora do comitê, Rosângela Moreira, que também é psicóloga na Secretaria Estadual da Saúde.
O governo estadual convida toda a rede de proteção do Rio Grande do Sul a aderir a essa campanha. Os materiais disponibilizados no site do Faça Bonito incluem adesivos, cartazes, folhetos, leques, camisetas, crachás para identificação de crianças, imagens para pintura e cards. Há ainda a possibilidade de inclusão das logomarcas de apoio local. Os municípios podem imprimir e divulgar amplamente os materiais por meio de ações, sobretudo nas escolas.
Para o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabrício Peruchin, o apoio dessa rede é extremamente importante. “Convidamos a todos no Estado a se unirem a nós nesse bloco de proteção. Precisamos que as informações cheguem na ponta para que possamos avançar com essa iniciativa”, destaca. “É um momento no qual as pessoas se voltam para as comemorações de Carnaval e é necessário continuarmos lutando para defender nosso futuro”, acrescenta.
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