Estudo aponta áreas turísticas do Litoral Norte com risco de Acidentes Geológicos

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Morro do Farol passou integra estudo nacional sobre riscos em locais turísticos. | Foto: Pedro Piegas

Objetivo é reforçar a segurança dos visitantes.

Desde o desabamento das rochas nos Cânions de Capitólio, Minas Gerais, em janeiro de 2022, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) ampliou o acompanhamento de áreas turísticas. Por conta deste reforço na segurança, duas regiões muito visitadas durante o verão no litoral gaúcho fazem parte de estudos e mapeamento de riscos.

No Rio Grande do Sul, as áreas monitoradas são o Parque Estadual José Lutzenberger, conhecido como Parque da Guarita, e o Caminho da Santinha (Calçadão Praia da Cal). Os dois locais são parte do projeto “Avaliações Geotécnicas em Atrativos Geoturísticos” e constarão em relatório sobre riscos e perigos geológicos, trabalho que resultará em recomendações para prevenção de eventuais desastres.

Toda a área do Parque da Guarita foi mapeada por pesquisadores do SGB, a pedido da prefeitura de Torres. De acordo com o órgão nacional, foram detalhados sete locais classificados como “de maior relevância”, sendo eles: Torre Sul, Torre da Guarita (Sentinela), Bico do Luiz, Furna do Diamante, Saltinho, Portão e a Trilha Verde.

“Os perigos geológicos encontrados em Torres são resultado de diversos fatores que, quando conjugados, acabam por exigir atenção”, explicou o pesquisador em geociências Anselmo Pedrazzi. Entre os processos que podem ocorrer na região, estão o tombamento de colunas rochosas, a queda de blocos rochosos, o rolamento e o desplacamento de rochas, além de deslizamentos.

Pedrazzi acrescentou que as áreas críticas foram qualificadas como tendo grau de perigo “alto” (P3), com exceção da Torre da Guarita e da Torre do Farol, que têm grau de perigo “muito alto” (P4). “É possível manter o acesso a essas áreas pelos turistas e frequentadores do parque, desde que medidas necessárias sejam colocadas em prática, para que ocorra da forma mais segura possível”, disse o pesquisador.

Uma das principais recomendações do estudo, para reduzir os riscos, é remover um resquício de laje de concreto armado deteriorada na face leste da Torre da Guarita, que apresenta risco iminente de colapso. Pedrazzi também destaca que uma das medidas mais importantes é informar a população e os frequentadores dos locais avaliados sobre os perigos a que estão sujeitos. “As pessoas têm o direito de saber o grau de perigo a que estão expostos”, destacou.

O Serviço Geológico do Brasil analisou áreas com atrativos turísticos em Alagoas (Cânions do Xingó), Amazonas (Presidente Figueiredo), Bahia (Cânions do Subaé e Cânions do Xingó), Ceará (Parque Nacional de Jericoacoara), Maranhão (Chapada das Mesas), Minas Gerais (Serra da Canastra e Morro do Cristo), Pernambuco (Fernando de Noronha), Piauí (Cânion do Poti e Serra da Capivara), Rio Grande do Norte (Morro do Careca e Seridó), Rondônia, Roraima (Serra do Tepequém) e em Sergipe (Cânions do Xingó).

 

Correio do Povo

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