Tradicionalistas, organizadores e visitantes celebram a realização do Acampamento Farroupilha quatro meses após a enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul.
O sabor do churrasco no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, está impregnado com um sentimento de vitória.
No Parque Harmonia, a 42ª edição do evento, realizada quatro meses após a enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul, é motivo de celebração para tradicionalistas, organizadores e visitantes. A festa, que demonstra a força e o espírito do povo gaúcho diante das adversidades, segue até o dia 22 e conta com 187 piquetes e mais de 120 atrações musicais.
Marcelo Schardosim, que tem um piquete há 15 anos, vê o acampamento como uma referência cultural para o Estado. “Era necessário para trazer alegria para o nosso povo.
Se não fosse isso, eu acho que seria bem mais triste os meses seguintes. Porque é a maior festa do Rio Grande do Sul. Se não existisse essa festa, depois de tudo que a gente passou, estaríamos perdidos”, declarou enquanto preparava o churrasco para 120 pessoas.
Izidoro Schwarer também compartilha o sentimento de superação.
Ele se mostrou positivamente surpreendido com o movimento nos primeiros dias do evento.
Apesar do ritmo intenso, o assador afirma que ver as pessoas felizes compensa todo o esforço. As carnes de porco, gado e ovelha, já estavam no fogo desde as 5h45min.
“Depois de tudo que a gente passou, a gente poder estar aqui e ver que o pessoal vem disposto a fazer festa é gratificante. Eu me surpreendi. Então tá muito, muito além da expectativa”, afirmou.
Um grupo de 15 pessoas alugou uma van e saiu às 4h de Cachoeira do Sul para fazer o almoço de domingo no espaço das churrasqueiras do Acampamento Farroupilha.
Zairam dos Santos conta que a vinda a Porto Alegre é uma tradição e elogiou a estrutura deste ano em comparação com a do ano passado, mas sugeriu a inclusão de mais tomadas e torneiras próximas às churrasqueiras para maior conforto dos participantes.
Correio do Povo