O mercado de trabalho brasileiro segue desigual para as mulheres, com menores salários e participação, mesmo que a escolarização feminina seja superior à masculina.
É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher.
Os dados, referentes a 2022, apontam que 53,3% das mulheres participam da força de trabalho. Enquanto isso, a taxa masculina é de 73,2%. Conforme o instituto, do total de pessoas em cargos gerenciais no País em 2022, 60,7% eram homens e 39,3% mulheres.
“Tem setores em que a taxa de ocupação [feminina] em cargos de gerência é baixíssima. Tem vários elementos que explicam isso, desde a dificuldade de contratação até o forte preconceito de empresas em relação a mulheres que têm filhos”, afirma o analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano.
Os dados do IBGE também mostram diferença entre salários para a mesma função. Em 2022, mulheres em cargo de gerência tiveram rendimento médio de R$ 6.600, o equivalente a 78,8% do que os homens ganharam: R$ 8.378.
As oportunidades são desiguais para o público feminino, mesmo com capacitação. O levantamento aponta que, do total de formandos em cursos de graduação presencial, 60,3% eram mulheres, enquanto 39,7% eram homens.
Segundo o estudo, 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais têm ensino superior. Entre os homens, o índice é de 16,8%.
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