Em Gramado, moradores de bairro que sofreu rachaduras no solo já podem voltar para casa

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Ocorrido em novembro, problema foi causado pelo excesso de chuvas no Estado. (Foto: EBC)

Mais de um mês após deixarem suas residências por causa de rachaduras no solo, moradores do bairro Três Pinheiros, em Gramado (Serra Gaúcha), já estão voltando para casa. O sinal-verde foi dado pela prefeitura durante reunião com representantes da comunidade, após análise por empresa de engenharia e geotecnia especialmente contratada.

Ficou acertado que a Defesa Civil ampliará o controle relacionado ao volume de chuvas na região, a fim de alertar a população caso seja necessária nova evacuação como a de novembro, quando um prédio que já estava interditado devido a problemas estruturais acabou desabando.

O chefe do Executivo municipal, Nestor Tissot, ressaltou: “Conseguimos dar essa boa notícia e estamos satisfeitos por contar com o aval dos técnicos. É bom saber que todos poderão passar o Natal em suas casas e com tranquilidade”.

Entre os proprietários e inquilinos de imóveis na área, a sensação era de alívio. “Ouvir a conclusão de especialistas passa uma noção de maior segurança”, manifestou-se durante o encontro um dos integrantes do grupo, Éder Rossa. Ele agradeceu à Brigada Militar, Defesa Civil e prefeitura pelo apoio prestado durante as semanas sem acesso aos lares do bairro.

 

Relembre

Em 24 de novembro, um dia após o desabamento do prédio no bairro Três Pinheiros, a prefeitura decretou estado de calamidade por causa de fissuras de grandes dimensões em determinadas áreas da cidade. O problema foi atribuído a um acúmulo anormal de água no solo durante o semestre, quando o Estado recebeu um volume excessivo de chuvas.

Cerca de 120 famílias – em um total superior a 500 pessoas – já haviam buscado abrigo provisório em outros locais, sobretudo no bairro Três Pinheiros, onde ocorreu o desabamento do condomínio de 19 apartamentos distribuídos em cinco andares. Ninguém se feriu, pois o imóvel já estava interditado desde meados de 2020.

Naquela época, a Defesa Civil interditou o imóvel (denominado “Residencial Condado Ana Carolina”) e um laudo produzido por engenheiro civil reforçou a avaliação. O imóvel só poderia ser liberado mediante a apresentação de novo estudo, o que jamais ocorreu. Algumas pessoas desafiaram o perigo, residindo no local até serem evacuadas, dias antes do incidente.

Com unidades avaliadas em até R$ 2 milhões antes de surgirem os problemas, o edifício havia sido construído na encosta do Vale do Quilombo, próximo ao Lago Negro. O zona central da cidade – distante 10 minutos de carro da área de risco – não foi atingida, fato que permitiu a continuidade da programação de eventos como o Natal Luz de Gramado.

(Marcello Campos)

 

www.osul.com.br

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